A Nação está de joelhos, prestes a sucumbir, perdendo seus maiores patrimônios. Entre eles, a moral e a ética são os mais demorados para se resgatar.
OEB
Brasil tem poucas razões para reeleger Dilma, diz The Economist
Fonte: Transcrição da revista Veja de 26/09/2013
Em especial de 14 páginas, revista britânica aponta os erros cometidos pela administração da presidente que fizeram o Brasil desapontar o mercado e perder credibilidade
Presidente Dilma Rousseff: para The Economist, ainda há tempo de fazer reformas
(Fernando Bizerra Jr./EFE)
Revista ironiza chamando a presidente de 'Dilma Fernández', que é o sobrenome de Cristina Kirchner
O especial de quatorze páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no país. "Na década de 2000, o Brasil decolou e, mesmo com a crise econômica mundial, o país cresceu 7,5% em 2010. No entanto, tem parado recentemente. Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes - em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos", informa a revista, que já chegou a pedir, com certa ironia, a saída de Guido Mantega do ministério da Fazenda.
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Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão
para o chamado "voo de galinha" do país, jargão usado para denominar
situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas
que não se sustenta. "A economia estagnada, um estado inchado e
protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo",
informa a publicação.
O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.
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Problemas antigos - A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido "relutante ou incapaz" de resolvê-los e criou novos "interferindo muito mais que o pragmático Lula"."Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica, induzindo publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juros. Como resultado, as taxas estão subindo, atualmente, mais para conter a inflação persistente", diz o texto. "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto. A Economist chega a ironizar, chamando a presidente de "Dilma Fernández", que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.
Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o país é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, que menciona também o petróleo da camada pré-sal. A publicação elogia ainda a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de óleo e gás em águas profundas. Além disso, lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".
A Economist afirma que a presidente Dilma ainda tem tempo para começar reformas necessárias, fundindo ministérios e cortando gastos públicos, caso esteja disposta a colocar a "mão na massa". Mas, diante do atual cenário, a revista afirma que, ainda que a presidente esteja com foco no possível segundo mandato, os "eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a ela a vitória".
O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.
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Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o país é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, que menciona também o petróleo da camada pré-sal. A publicação elogia ainda a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de óleo e gás em águas profundas. Além disso, lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".
A Economist afirma que a presidente Dilma ainda tem tempo para começar reformas necessárias, fundindo ministérios e cortando gastos públicos, caso esteja disposta a colocar a "mão na massa". Mas, diante do atual cenário, a revista afirma que, ainda que a presidente esteja com foco no possível segundo mandato, os "eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a ela a vitória".
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