Pesquisa no site

Rede Movimento de Rádios

domingo, 1 de março de 2015

A Revolução das Elites



Série: CRÔNICAS DE UM CIDADÃO COMUM
por Celso Brasil

As elites, finalmente, resolveram reagir, depois de sentir na pele os desmandos desgovernamentais brasileiros. Todos aceitavam passiva e pacificamente, até notarem que o dinheiro, muito brevemente, não servirá nem mesmo para os fins daquele produto que era vendido em rolo e até hoje falta na Venezuela. Isso leva a crer que os elitistas estão ficando mais maduros. Então, resolveram reagir.
A elite que vive nas favelas decidiu não mais participar das manifestações de apoio ao governo por simples ideologia. Estão com as famosas bolsas furadas e o pão com mortadela não é mais distribuído com Ki-suco após as passeatas, onde gritavam e colocavam para fora os mais elevados pensamentos que brotavam da alma.
Como se não bastasse, a elite que dirige o setor de transporte, despachando de dentro de uma boléia em movimento, resolveu parar de se movimentar.
Outras elites, como aquela que, talvez por não precisar, foi dispensada do trabalho nas indústrias que entraram em processo de desfazimento em todo País, também cruzou os braços – por livre e espontânea vontade... dos governantes, claro! E assim, muitos falam fugir do Brasil, enquanto outros decidiram fazer da desgraça alheia, uma fonte de renda, vendendo-se à instituição que mais prosperou nos últimos anos – o Foro de São Paulo. Estes, sem qualquer sentimento humano, travestiram-se de direitistas conservadores e, abusando da fé daquela elite do teclado das redes sociais, recebem para levarem os idealistas, verdadeiros amantes da Nação hoje falida, a acreditarem que são os salvadores. Espalham boatos, se dizem bem informados pela inteligência ou amigos de personalidades que nem sabem que estes existem. Mas há quem acredite neles.
Enquanto houver clientes consumindo, o negócio não quebra.
Aparece de tudo nessa revolução das elites. Enquanto isso, os chefes da enorme gang que saqueou o Brasil, reúnem-se com frequência nunca vista na história deste País, tentando acelerar a finalização do processo de tomada e consolidação do podre poder que tanto planejaram e articularam por bem mais de vinte anos. Caras de pau deslavadas, desconhecedores dos termos – ética e moral - promovem falsos levantes anunciados como ações determinantes para solucionar os problemas da República Tupiniquim. Querem a troca da gerenta, talvez, por um gerente mais eficiente que continue a executar o que o chefe determina.
Só sei que os pombos aguardam, ansiosos, o prometido erguimento de uma grande estátua do chefe dessa corja, para que possam fazer justiça por nós.
A mídia só resolveu abrir a boca, embora ainda com certo comedimento, porque sabe que não sobrarão estatais para anunciar e seus equipamentos e retransmissoras estão prestes a serem estatizados. Os pseudos jornalistas sabem que logo terão que explicar o enriquecimento acelerado, a ascensão profissional que tiveram nos últimos doze anos.
 Não teremos estatais, bancos, indústrias, comércio, estradas, hospitais e tantas outras coisas dispensáveis no regime que milagrosamente resolve todos os problemas da população sem esses artifícios inúteis.
E assim, conseguiremos, com muito esforço, chegar ao status da promissora Cuba. Mas não queremos isso e, então, lembramos o famoso dito popular que diz: querer é poder. E não queremos este podre poder. Não queremos chefes de Estado psicopatas, com problemas cognitivos que nos envergonham ao falarem, achando que nos representam, numa reunião da ONU ou em qualquer evento internacional.
Ao chefe, a sua gerenta e seus sequazes, queremos dizer que nos preocupamos com nossos filhos e seus descendentes. Queremos lembrar que atrás de uma criança não existe um cachorro salafrário manipulando seu desvio social e sim, pais preocupados com seu futuro e educação. E verdadeiros pais dão a vida pelos filhos. Queremos lembrar que seus intentos falharam no mundo inteiro e que a história sempre se repete. Queremos lembrar que não existe força na terra que consiga segurar 200 milhões de corações feridos, que sempre lutaram e trabalharam por uma Nação justa e soberana. Então, vocês amanhã lembrarão, quem sabe num calabouço, que ali estão não por culpa de uma elite branca, mas, sim, pela ação de vários pelotões de elite verde oliva.
Até a próxima.